A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) parou no início da manhã desta terça-feira (12) com a realização da manifestação do Dia Nacional de Luta pelo fim do Fator Previdenciário. Organizado pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), juntamente com as demais centrais sindicais, o ato público foi realizado na rodovia Fernão Dias (BR 381), limite entre os municípios de Contagem e Betim, próximo à Refinaria Gabriel Passos (Regap) e da Fiat Automóveis, interrompendo trânsito por mais de duas horas nos dois sentidos da via.
O protesto contou com a participação do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região, Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte e Contagem, além de representantes de sindicatos de trabalhadores de outras categorias profissionais.
“É um dia de protestos em todo o país contra o Fator Previdenciário, a favor de um reajuste digno, que seja capaz de recuperar o poder de compra dos aposentados, e também de luta pelo desenvolvimento nacional, com valorização do trabalho, com uma maior geração de empregos e renda para os trabalhadores”, acentuou o presidente da CTB Minas, Marcelino da Rocha. Ainda de acordo com ele, o Projeto de Lei 4.330, que prevê a terceirização sem limites nas empresas brasileiras, é outro alvo dos protestos.
Instituído em 1999, durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, o Fator Previdenciário é um instrumento de arrocho das aposentadorias, que reduz em 40% ou mais o valor dos benefícios dos segurados. Conforme estudos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), “desde que foi criado, o Fator Previdenciário – que, na prática, é um redutor do valor da aposentadoria por tempo de contribuição – já atingiu quase 3 milhões de trabalhadores”, prejudicando-os substancialmente em seus vencimentos.
As manifestações do Dia Nacional de Luta pelo fim do Fator Previdenciário continuam na tarde desta terça-feira (12), em frente à sede do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), no centro da capital mineira.
Metalúrgicos mineiros também protestam
Em Campanha Salarial Unificada, os metalúrgicos de Minas Gerais também aproveitaram as manifestações para voltar a repudiar a postura de intransigência da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais na mesa de negociações. Passados mais de três meses de embate com os metalúrgicos, a entidade patronal oferece apenas um índice de reajuste de 5,9%, que não inclui aumento real de salários, e, além disso, condiciona um possível aumento neste percentual à aceitação, por parte da categoria, do sistema de compensação banco de horas, com o qual os metalúrgicos não concordam.
Fonte: Departamento de Imprensa – Sindbet.
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