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sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Bolsonaro vira alvo de protestos em defesa da Amazônia pelo mundo


O presidente Jair Bolsonaro (PSL) é o principal alvo de protestos em defesa da Amazônia que acontecem hoje em pelo menos dez cidades da Europa e da Ásia. Os manifestantes pedem que o mandatário brasileiro atue em defesa da floresta, que vem sofrendo um aumento no número de queimadas e de desmatamento. Alguns manifestantes pedem, ainda, a renúncia do presidente.
Com cartaz contra Bolsonaro, manifestantes protestam em defesa da Amazônia em frente à Embaixada do Brasil em Londres - Imagem: Toby Melville/Reuters

Convocados por movimentos como Extinction Rebellion e Fridays for Future, os protestos aconteceram em frente às Embaixadas do Brasil em Londres (Reino Unido), Paris (França), Madri (Espanha), Dublin (Irlanda), Berlim (Alemanha) e no Consulado Brasileiro em Genebra (Suíça) e em Nápoles (Itália). Também há registro de protestos em frente à Embaixada do Brasil em Mumbai, na Índia, na praça Dam, localizada no centro de Amsterdã (Holanda), e no centro de Barcelona (Espanha). No Brasil, há protestos convocados para hoje e para o fim de semana em pelo menos 40 cidades

Em Londres, os manifestantes carregavam faixas e cartazes em defesa da Amazônia e da causa ambiental. Também havia placas contra Bolsonaro: uma delas mostrava uma foto do presidente com pulmões no formato de uma floresta pegando fogo. Nela, é possível ver os dizeres "negligência = genocídio". Alguns manifestantes também pediram a renúncia de Bolsonaro. Em um vídeo, eles entoavam gritos de "Bolsonaro has got to go" ("Bolsonaro tem de sair"). 
Em Barcelona, na Espanha, manifestantes saíram às ruas com réplicas de folhas e uma faixa para simular ondas do oceano. Um cartaz (esq.) chama Bolsonaro de "criminoso ambiental" - Imagem: Reprodução/Twitter @XRBarcelona
Em Paris, manifestantes exibiram uma bandeira do Brasil com os dizeres "fora Bolsonaro" e "fora piromaníaco". Outros cartazes pediam o fim da "matança" da floresta. Há também manifestações que pediam a saída de Bolsonaro da presidência, a realização de eleições gerais e a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em Genebra, além de cartazes contra Bolsonaro, havia manifestações que associam o presidente brasileiro a Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, chamando-os de "criminosos". O protesto, que aconteceu em frente ao Consulado do Brasil na cidade, foi acompanhado de segurança reforçada no local. Muitos dos manifestantes eram jovens, que disseram ter "descoberto" Bolsonaro nos últimos dias e se mostraram "assustados" com as declarações do presidente.

Na Espanha, dezenas de manifestantes se reuniram em frente à Embaixada do Brasil em Madri. "Quando não for possível respirar ou beber água, explique aos seus filhos que era 'bom para a economia'", dizia um cartaz em crítica às queimadas e ao desmatamento na região amazônica. 
Pessoas protestam do lado de fora da embaixada brasileira em Londres - Imagem: William Skeaping/@ExtinctionNR via Reuters

Em Barcelona, manifestantes saíram às ruas com réplicas de folhas e uma faixa para simular as ondas do oceano. Também havia cartazes que chamavam Bolsonaro de "criminoso ambiental". Ontem, o presidente da França, Emmanuel Macron, usou o Twitter para classificar as queimadas na Amazônia como uma "crise internacional". Ele cobrou que os líderes do G7 tratem urgentemente do tema. "Nossa casa está queimando", escreveu. Hoje, foi a vez de a chanceler alemã Angela Merkel dizer que os incêndios na Amazônia constituem uma "situação urgente" que deve ser discutida durante a cúpula do G7. O G7, grupo formado por líderes dos EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão, se reúne na cidade de Biarritz (França) neste fim de semana. Ontem, Bolsonaro rebateu Macron em uma live nas redes sociais, dizendo que o líder francês está interessado em "ter um espaço na região amazônica para ele". Pelo Twitter, o presidente brasileiro afirmou que a sugestão do francês, de discutir assuntos ligados à floresta no encontro do G7, "evoca mentalidade colonialista". 
Em referência ao hino da França, manifestante que participa do ato pela Amazônia em Paris carrega cartaz com os dizeres "Às árvores, cidadãos" (dir.). Outro cartaz (esq.) diz que "Sem floresta, é o fim" - Imagem: Zakaria Abdelkafi/AFP
As reações internacionais continuaram hoje, com a França e a Irlanda ameaçando não ratificar o acordo União Europeia-Mercosul se Brasil não proteger a Amazônia.

Fonte: UOL


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