Metalúrgicos da Fiat Automóveis paralisaram por duas horas, na manhã desta sexta-feira, dia 25 de outubro, o trânsito na rodovia Fernão Dias (BR 381) – que liga Minas Gerais a São Paulo – em direção a Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o que culminou com o atraso da produção na fábrica.
O protesto, organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região, com apoio de dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte e Contagem e liderança das federações que representam a categoria na Campanha Salarial Unificada 2013, antecede mais uma rodada de negociação com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), que ocorre nesta manhã, na sede da patronal, na capital mineira.
A manifestação foi iniciada às 5 horas da manhã, a quase dois quilômetros de distância da Fiat Automóveis, o que fez com que os metalúrgicos da montadora descessem dos especiais e seguissem caminhando ao longo da rodovia até a fábrica.
O objetivo do protesto foi repudiar a proposta patronal feita à categoria na campanha salarial, que condiciona uma possível elevação no percentual de reajuste salarial já oferecido – até o momento de 5,9% ante os 10% reivindicados pelos trabalhadores - à aceitação do sistema de compensação conhecido como “banco de horas”. Por este mecanismo, os empregados são obrigados a compensar o excesso de horas trabalhadas sem que recebam o pagamento de horas-extras.
“Além da insatisfação com o percentual de reajuste oferecido, os metalúrgicos não aceitam o banco de horas por experiências negativas aqui em Minas”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região, João Alves da Almeida, lembrando que trabalhadores de outras fábricas, como a Brembo e Denso Máquinas Rotantes, fornecedoras de peças da Fiat Automóveis, e Toshiba, já decretaram “estado de greve” nas fábricas nesta semana.
Os trabalhadores da categoria reivindicam, ainda, reajuste para o piso salarial, com duas faixas – R$ 1.029,30 nas fábricas que empregam até 400 empregados e R$ 1.276,76 nas empresas com mais de 400 funcionários - e abonos com valores idênticos aos dos pisos salariais.
A pauta de reivindicações da categoria, composta por 97 cláusulas, dentre reivindicações econômicas e sociais, foi entregue ao setor patronal em 31 de julho.
A Campanha Salarial Unificada dos Metalúrgicos de Minas Gerais envolve cerca de 250 mil trabalhadores da categoria em todo o estado, que está representada por dirigentes da Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (FIT Metal), ligada à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas de Minas Gerais (Femetal), da Força Sindical.
FONTE: Departamento de Imprensa - Sindbet
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