No Canadá, uma porta-voz do movimento "Ocupemos Montreal" afirmou na rádio que cerca de 3 mil pessoas devem participar de uma manifestação na praça Victoria de Montreal. O grupo realizou uma reunião de organização na tarde de ontem (13). Também devem ocorrer passeatas em outras cidades canadenses, de Halifax a Vancouver, passando por Ottawa e Toronto.
Em clima festivo com direito a música, apresentações culturais, milhares de Indignados ocuparam as ruas de diversas cidades do mundo para protestar contra o setor financeiro e os cortes conservadores nas economias europeias. Fantasiados e munidos de cartazes, bandeiras e alto falantes, eles clamam pela união de todos por uma mudança global.
Em Frankfurt, Alemanha, capital financeira da Europa, cerca de 6.000 pessoas protestaram em frente ao Banco Central Europeu. As informações são da organização antiglobalização Attac.
Munidos de cartazes com lemas como "Acabemos com a ditadura do capitalismo", "Apenas uma solução, a revolução!" e "Não somos bens nas mãos de banqueiros", os Indignados alemães iniciaram sua marcha antes das 14h (09h de Brasília).
"Hoje é apenas um início. Queremos avançar em direção a um movimento global", declarou um estudante.
Em Londres, centenas marcharam da catedral de St. Paul até a Bolsa de Valores. Cercados por três cordões policiais e por uma polícia montada atrás, os integrantes gritavam não aos cortes, referindo-se à política drástica de austeridade do governo britânico.
Em Madri, manifestantes se aglomeraram na praça Porto do Sol.
Na Bélgica milhares também foram às ruas de Bruxelas em passeata que começou no centro, na estação Norte, e seguiu até a Bolsa de Valores, em protesto contra o atual sistema financeiro. Depois, rumou para o distrito onde ficam as sedes da Comissão Europeia, Conselho Europeu e Parlamento Europeu, principais instituições da União Europeia (UE).
Nos Estados Unidos
Neste sábado, os integrantes do movimento Ocupar Wall Street, nos Estados Unidos (EUA) também devem ir às ruas de Washington e outras cidades.
Um deles, a "Marcha por Empregos e Justiça", é organizado pelo reverendo Al Sharpton, ativista de direitos civis, radialista e fundador da organização National Action Network (Rede de Ação Nacional). Os manifestantes percorrerão as ruas de Washington até o monumento em homenagem ao líder do movimento de direitos civis Martin Luther King Jr, que será inaugurado oficialmente amanhã.
Mais dois movimentos, o "Ocupe DC", inspirado no similar nova-iorquino "Ocupe Wall Street", e o "Outubro 2011", já ocupam as ruas de Washington há alguns dias e também realizam atos políticos neste sábado.
No Canadá, uma porta-voz do movimento "Ocupemos Montreal" afirmou na rádio que cerca de 3 mil pessoas devem participar de uma manifestação na praça Victoria de Montreal. O grupo realizou uma reunião de organização na tarde de ontem (13). Também devem ocorrer passeatas em outras cidades canadenses, de Halifax a Vancouver, passando por Ottawa e Toronto.
Ásia
O protesto mundial teve repercussão significativa em países da Ásia e Oceania, tanto nas ruas como nas redes sociais. As manifestações ocorreram na Austrália, Nova Zelândia e Japão. Em Cingapura, onde raramente o governo autoriza protestos, as manifestações foram vetadas.
"Sydney está ocupada! A assembleia geral decidiu ficar em Martin Place", dizia uma mensagem divulgada na internet pelo movimento "Occupy Sydney", referindo-se à rua em frente à sede do Banco da Reserva da Austrália, no coração financeiro da cidade. Cerca de 200 manifestantes das várias centenas que participaram do protesto permaneciam no local para pernoitar por "tempo indefinido", falou um porta-voz do movimento, Josh L. Outras cidades também aderiram como Adelaide, Perth, Townsville, Brisbane e Byron Bay.
Na Nova Zelândia, centenas protestaram em Wellington, Dunedin, New Plymouth e Auckland, segundo a "Radio New Zealand".
Sob o lema Occupy Tóquio, manifestantes percorreram debaixo de chuva o centro da cidade até chegar ao parque de Hibiya. Eles também passaram pela sede da Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina atômica de Fukushima Daiichi, epicentro da catástrofe nuclear de 11 de março.
As capitais das Filipinas e Indonésia também se somaram ao movimento, no centro de Manila para protestar contra o imperialismo dos Estados Unidos. Organizados pelo grupo de esquerda Bayan, os filipinos se manifestaram em frente à embaixada americana para criticar as bases dos EUA nas Filipinas e as guerras financiadas por Washington.
Em Jacarta, algumas pessoas usando máscaras se concentraram perto da missão diplomática dos Estados Unidos para criticar os abusos do imperialismo norte-americano.
Apesar de não ter havido protestos na China continental, centenas de pessoas se manifestaram nos distritos financeiros de Taipé, capital da ilha de Taiwan, e da ex-colônia britânica de Hong Kong.
Itália
Os protestos contra as grandes empresas e o setor financeiro na Itália terminou em violência. Em Roma, onde cem mil pessoas eram esperadas em torno do Coliseu, carros foram incendiados incendiados e a polícia usou gás lacrimogêneo para conter alguns manifestantes. Também há relatos de conflitos na cidade e atos de vandalismo contra lojas e agências bancárias. Testemunhas dizem que a violência foi causada por agitadores "infiltrados nas demonstrações". Segundo agências de notícias, ao menos uma pessoa ficou ferida e foi levada ao hospital.
com agências
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