Entidades sindicais, estudantis, servidores e associações mobilizam manifestações para os dias 28 e 29, denunciando o bloqueio de recursos públicos do município para o pagamento de uma falsa dívida com a empresa Andrade Gutierrez.
A população betinense voltará às
ruas na próxima segunda-feira (28) e terça-feira (29) contra o bloqueio por
decisão judicial de R$ 47 milhões dos recursos municipais para o pagamento de uma
dívida que a Andrade Gutierrez cobra na justiça por obras realizadas na década
de 80. Para surpresa e indignação da população, a tal obra já foi paga, conforme
demonstra uma auditoria realizada pela prefeitura, mas a empreiteira insiste na justiça o pagamento de R$ 500 milhões.
Os efeitos deste bloqueio
financeiro são catastróficos, pois há riscos de serviços públicos na área da
saúde e educação ficarem comprometidos se o município for obrigado a pagar
novamente tal dívida.
Representantes de diversas entidades
sociais reuniram no último dia 23 para debater sobre a situação e afirmam
estarem bastante preocupados, pois o impacto social acarretará danos
irreparáveis para a população de Betim. “Várias obras que foram iniciadas pela
prefeitura poderão ser paralisadas. Estamos falando de postos de saúde,
creches, viadutos, avenidas sanitárias, ou seja, obras importantíssimas para o
povo. Se formos obrigados a pagar essa dívida fraudulenta, a cidade pode parar”,
alerta o engenheiro e líder comunitário Cristiano Marcos.
A presidente da Umes Betim, Glenda Marjorie destaca para os prejuízos que os estudantes betinenses poderão sofrer se a justiça não rever o bloqueio destes recursos. “Sou estudante do IFMG e existe uma parceria do instituto e a prefeitura para ampliar a estrutura do campus, mas com o bloqueio desta quantia milionária para o pagamento desta dívida absurda, não teremos a necessária e sonhada ampliação do espaço. Por isso iremos às ruas protestar”, ressalta a líder estudantil.
As entidades marcaram duas
manifestações para semana que vem. Dia 28 será em Betim com a concentração às
08 horas da manhã na Praça do Senai (Centro). Já na terça-feira (28), os
manifestantes irão participar de uma audiência pública na Assembleia Legislativa em
Belo Horizonte.
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