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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Mais antiga universidade da Grécia suspende as atividades

A instituição explica que os cortes no setor público impostos pela troika não permitem assegurar quaisquer atividades acadêmicas. A Universidade Nacional Capodistriana de Atenas foi fundada em 1837 e era frequentada por 125 mil alunos e dois mil professores. A Universidade Politécnica de Atenas decidiu tomar a mesma decisão.


Universidade mais antiga da Grécia, a Universidade Nacional e Capodistriana de Atenas - fundada em 1837 - decidiu suspender a sua atividade "perante a incapacidade de educar, investigar e gerir" a maior universidade da capital do país, com 125 mil estudantes e dois mil professores.

A universidade declarou-se "incapaz de matricular novos alunos, celebrar exames, entregar diplomas e, em geral, de qualquer atividade acadêmica".

A histórica Universidade Politécnica de Atenas, um símbolo de resistência contra a ditadura militar que vigorou entre 1967-73, tomou a mesma decisão.

Mobilidade especial

O motivo para a drástica medida foi o ministério da Educação grego ter incluído mais de um terço do pessoal administrativo de ambas as universidades no plano de mobilidade especial, medida acordada com a troika no âmbito do apoio financeiro internacional.

Este plano de mobilidade estabelece como meta a colocação de 25 mil funcionários públicos neste regime, com um corte de 25% do salário até que encontrem novo emprego no prazo de oito meses. Se não encontrarem trabalho até lá, são despedidos.

Duas greves gerais de 48 horas
A resposta dos funcionários públicos de todo o país foi a realização de duas greves gerais de 48 horas numa semana, a segunda das quais se realiza esta terça e quarta-feiras. Em comunicado, o Conselho da Universidade Nacional acusa o executivo de Samaras de “minar com as suas decisões a educação superior das novas gerações de gregos, a maior esperança que temos para superar a crise social e económica que afeta o nosso país”.

A Universidade de Atenas afirma que vai recorrer aos tribunais para defender os seus direitos constitucionais e os tratados internacionais de Educação superior no espaço único europeu.

Foto: Jornal Universitário de Coimbra

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